TRATAMENTOS DE DOENCAS DA RETINA COM INJECOES INTRAVITREAS
MEDICAMENTOS ANTI-VEGF
O uso de medicamentos anti-VEGF (AVASTIN - LUCENTIS - MACUGEN) revolucionou a oftalmologia nos últimos 5 anos. Estes medicamentos bloqueiam o VEGF-A” (fator de crescimento endotelial vascular A)
O Avastin® foi inicialmente aprovado pela FDA (órgão americano que regulamenta a liberação de medicações) para o tratamento do câncer colo-retal metastático.
Várias investigações científicas confirmaram que o “VEGF” é uma das causas de crescimento anormal e/ou permeabilidade anormal dos vasos sanguíneos que provocam doenças da retina.
Novos medicamentos como o LUCENTIS(Ranibizumab), MACUGEN (Pegaptanib), com o mesmo objetivo do Avastin para o tratamento de doenças da retina caracterizadas pela presença de:
-membrana neovascular sub-retiniana (vasos sanguíneos anormais que crescem sob a retina);
-neovascularização intra-ocular (vasos sanguíneos anormais que crescem sobre a retina, disco óptico, íris, ângulo da câmara anterior) e
-edema macular (inchaço na área central da retina, a mácula).
O tratamento de doenças da retina com Avastin® tem mostrado resultados benéficos, com potencial para diminuir a perda visual e, algumas vezes, até mesmo melhorar a visão dos pacientes dependendo do tipo de doença, gravidade e duração dos sintomas.
Administração do medicamento
O procedimento deve ser feito em hospital, centro cirúrgico ambulatorial ou clínica oftalmológica especializada por médico especialista.
Após anestesia local e medidas de assepsia e anti-sepsia, o medicamento é injetado dentro do olho, no vítreo (substância gelatinosa do segmento posterior do olho). Avastin® é administrado em intervalos regulares, a cada quatro a seis semanas, durante um período de tempo necessário para atingir o objetivo do tratamento. Pode haver necessidade de novos tratamentos, conforme a evolução da doença.
Tratamento de Degeneração Macular Exsudativa
Lucentis® foi testado em estudos clínicos controlados nos quais foram demonstradas sua segurança e eficácia no tratamento da DMRI exsudativa.
Os estudos clínicos MARINA, ANCHOR e PIER, com mais de 1.300 pacientes com DMRI exsudativa, demonstraram que o tratamento com Lucentis® consegue estabilizar a visão em 90 a 96% dos casos (comparado com 64% na terapia fotodinâmica com verteporfina) e consegue melhorar a visão em 34 a 40% dos casos (comparado com 6% na terapia fotodinâmica com verteporfina).
O tratamento preconizado inclui injeções mensais de Lucentis® durante um ano. Apesar de menos efetivos, esquemas alternativos com menos injeções de Lucentis® podem ser realizados e demonstraram-se melhores do que a evolução natural da doença.
Tratamento de Oclusões Venosas da Retina
Lucentis® foi testado em estudos clínicos controlados nos quais foram demonstradas sua segurança e eficácia no tratamento de edema macular decorrente de oclusão da veia central e oclusão de ramo venoso da retina.
Os estudos clínicos CRUISE e BRAVO, cada um com mais de 390 pacientes com edema de mácula devido a oclusões venosas da retina, demonstraram que o tratamento com Lucentis® consegue melhorar a visão de maneira significativa em 48 a 61% dos casos (comparado com 17 a 29% nos grupos tratados com placebo).
O tratamento preconizado inclui injeções mensais de Lucentis® por 6 meses.
TRIANCINOLONA
Características e indicações
Os corticosteróides são hormônios que ocorrem naturalmente no organismo e que possuem atividade anti-inflamatória. A Triancinolona é um um corticosteróide sintético (anti-inflamatório esteroidal) bastante utilizado em Oftalmologia para injeções perioculares e intra-oculares.
Baseados nos resultados de estudos clínicos nos quais foram demonstradas a sua segurança e eficácia, Triancinolona foi aprovada pela FDA (órgão americano que regulamenta a liberação de medicações) para injeção intra-ocular no tratamento das seguintes doenças oculares: uveítes, doenças inflamatórias oculares resistentes ao tratamento com colírios de corticosteróides, oftalmia simpática e arterite temporal; além da utilização durante cirurgia de vitrectomia para melhorar a visibilidade do humor vítreo. Seu uso em outras doenças dos olhos é denominado “off-label” nos EUA.
Inúmeras investigações científicas confirmaram que a presença de inflamação é uma das causas de permeabilidade anormal dos vasos sanguíneos que provocam doenças da retina.
Oftalmologistas têm utilizado Triancinolona para o tratamento de várias doenças da retina que se caraterizam por:
-edema macular (inchaço da área central da retina, a mácula) e
-membrana neovascular sub-retiniana (vasos sanguíneos anormais que crescem sob a retina).
Além disso, o tratamento de doenças da retina com Triancinolona tem mostrado resultados benéficos, com potencial para diminuir a perda visual e, algumas vezes, até mesmo melhorar a visão dos pacientes dependendo do tipo de doença, gravidade e duração dos sintomas.
Administração do medicamento
O procedimento deve ser feito em hospital, centro cirúrgico ambulatorial ou clínica oftalmológica especializada por médico especialista.
Após anestesia local e medidas de assepsia e anti-sepsia, o medicamento é injetado dentro do olho, no humor vítreo (substância gelatinosa do segmento posterior do olho). Pode haver necessidade de novas injeções de Triancinolona, conforme a evolução da doença.
Assista o video produzido pela Novartis sobre o Lucentis
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